Vejo teus olhos orientais e tão próximos
Os lábios se comprimem contra a hóstia
E teu corpo esguio se dissolve na paisagem.
Vejo-te dançar por entre o esfumaçar dos cigarros
E na mobília composta de mais e mais livros.
Amo-te sem nunca ter te tocado.
Este é um amor, quiséra eu de corpo,
Mas simples e sôfregamente de alma;
Idolatro tua beleza supra-física,
Teus ombros de fina curvatura,
Os estreitos quadrís de uma menina.
Eu permaneço na porta, me observas ?
Muito mais, penetras essa minha alma já ida
Triste e feliz, infeliz, mais triste e mais feliz.
E teus olhos, o oriente próximo dos lábios:
Ah ! Beijar-te ! Passou e não posso possuir-te !
Um comentário:
linda e maravilhosa essa poesia como todas as outras parabéns vc realmente sabe tocar a alma de uma mulher com as suas palavras
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