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quinta-feira, 23 de abril de 2009
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Modernidade
Os profetas modernos
Perderam a qualidade da alma
e aumentaram
A protuberância do ventre.
Os profetas modernos
Não se alimentam mais
de gafanhotos e mel silvestre.
Os profetas modernos,
degustam picanha e coca-cola
E aparecem na televisão.
Os profetas modernos
Não tem Alma nem Coração.
01/11/2008
Perderam a qualidade da alma
e aumentaram
A protuberância do ventre.
Os profetas modernos
Não se alimentam mais
de gafanhotos e mel silvestre.
Os profetas modernos,
degustam picanha e coca-cola
E aparecem na televisão.
Os profetas modernos
Não tem Alma nem Coração.
01/11/2008
Era uma vez
Fui menino entre mangueiras e umbuzeiros
A observar um céu de migalhas translúcidas
Um futuro de grandezas aladas sobre o ar.
Correr livre pelo descampado agreste
Agitando a bandeira simples da felicidade,
Sob o disco eterno de bronze, essência;
De uma existência plena. Um céu terreno.
Hoje homem entre as montanhas cinzentas
Num mundo de temperatura oscilante
Entre um céu e inferno além da ficção
Caminho entre os ferozes falcões os chacais.
Choco-me com a realidade transpassada e fria,
Um deserto luminoso dançando noturno pergunta:
Onde estão os bambuzais a farfalhar ao vento
O orquestrar dos pássaros sem regimento?
Sou menino, hoje bardo ofuscado e descabido
Em meio ao trovejar dos motores, semáforos
Procurando a poesia por entre torres de vidro
Rodeado por cercas esquizofrênicas e creches.
Os manicômios são pousadas de raros pássaros
As casas de repouso multiplicam-se ao quádruplo;
Restam as contas, bolsas, horários. Funda-se,
Finda-se o afago, o afã, o passado é passado.
Fui menino, sou vago, sem do vento o meigo afago.
Fui menino entre mangueiras e umbuzeiros
A observar um céu de migalhas translúcidas
Um futuro de grandezas aladas sobre o ar.
Correr livre pelo descampado agreste
Agitando a bandeira simples da felicidade,
Sob o disco eterno de bronze, essência;
De uma existência plena. Um céu terreno.
Hoje homem entre as montanhas cinzentas
Num mundo de temperatura oscilante
Entre um céu e inferno além da ficção
Caminho entre os ferozes falcões os chacais.
Choco-me com a realidade transpassada e fria,
Um deserto luminoso dançando noturno pergunta:
Onde estão os bambuzais a farfalhar ao vento
O orquestrar dos pássaros sem regimento?
Sou menino, hoje bardo ofuscado e descabido
Em meio ao trovejar dos motores, semáforos
Procurando a poesia por entre torres de vidro
Rodeado por cercas esquizofrênicas e creches.
Os manicômios são pousadas de raros pássaros
As casas de repouso multiplicam-se ao quádruplo;
Restam as contas, bolsas, horários. Funda-se,
Finda-se o afago, o afã, o passado é passado.
Fui menino, sou vago, sem do vento o meigo afago.
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