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sexta-feira, 10 de julho de 2009

M.

Ainda tenho aquele coração disparado
ao notar tua silhueta na passagem subterrânea.
Ainda tenho o gosto pela música
e aquela paixão não declarada de quando você se foi.
Ainda guardo meu senso de ridículo
do medo sentido por não declarar meu amor.
Ainda guardo no paladar os bombons repartidos
e teus lábios a se mover lentamente falando de música.
Ainda tenho a lembrança esperançosa de te ver aos sábados
com teu sorriso discreto e os cabelos lisos e negros em tua face arredondada.

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