Seguidores

sexta-feira, 10 de julho de 2009

D.

Afrodite
de longe-líneas curvaturas
se compõe meu amor por ti;
mas és uma paixão do passado,
admiração incoerente.
Não haveria nem a complexidade
ou a cumplicidade.
apenas a admiração do intelecto.
Não tinha nada do que tenho
o gosto ou o silenciar;
a poesia era nossa fronteira.
Você me admirava sim
não como homem, sim
como poeta que fui.
Eu escrevia em todos os cadernos
também no teu;
e todos os corpos e almas eram meus
o teu nunca tive o gosto
nem no sonho;
naquele tempo eu não sonhava
ela não gostava do mesmo homem.
Você amava MVB e Jorge A.
E dizia que eu era mais profundo
mas não como homem;
somente como poeta.
Era ela, a Vênus de Milo
enquanto eu lia Aristóteles e Erasmo.

Nenhum comentário: