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terça-feira, 11 de setembro de 2007

Sulamita

(para alguém cujo corpo
desejado me é proibido)


Teu corpo baila majestoso diante dos meus olhos
Fazendo minha alma escorregar para a perdição
Pois meu coração está manchado com o pecado
Por você tão levemente destilado.

E como sofro por esse amor tão letal e proibido!
Esses teus olhares lânguidos possuem tudo
Menos a piedade por esse pobre perdido.

Por que me atormentas ?
Se teu corpo que enche meus olhos
É velado como o profundo segredo da eternidade ?

Mas te amarei,
Mesmo sem poder jamais te tocar,
Pois trazes essa carga de vida para o meu peito
Essa paixão doentia por mim já quase esquecida!

Terei sempre contigo essa dívida de desejo,
De desespero, de insônia e desassossego;
Pois tua voz é doce como as correntes de um riacho
que me rouba a razão deixando apenas saudade
A impossibilidade da tua ingênua mas poderosa paixão.

Perco-me irracivelmente,sem querer ser encontrado!

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