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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

FOR MY SOUL

Estava dividido qual ponte Kafkiana
entre a biografia de Virgínia Woolf
e a composição de tua expressão retrátil;
procurando compreender teu paradoxo
ao lembrar teus solos harmoniosos e de,
nunca ver-te a ler romances amorosos.

Temo que sejas tão contraditória entre
teus projetos e o poema concreto do agora
quanto o retrato "Dora" de Picasso
sob o mantra de teus clowns azuis.

Aquele "o beijo" 'stá gravado num abstrato
oculto do mundo e presente na memória
na infinitude de todos os beijos a vir.

Todos os livros tem ainda um cheiro distinto
cada um; um espelho cego de mágoas obscurecidas
no nervosismo a en-feiar vossos passos na
[sandália preta
de la niña artista que siempre fuera.

Passei a ser inquirido por causa dos teus olhos
de teus óculos primeiros ainda que são
uma armação em vermelho sobre o rubro
a contornar o acabamento de "uma mente brilhante".

Se nunca concordei com tuas dedicatórias
foi a humildade bruta e possuída
d'um juízo lato e dissimulado pelo Eros.

La tu misiqué se há transformado ao ponto
de tornar-se cousa outra mais profunda que
todos os perguntamentos da adolescência tua
mente; mutando-se a ponto de não reconhecer
[teu corpo.

Houve um momento em que perdestes todas
[as direções
naquel'outro turbilhão de som e fúria
[aprofundada
nas cicatrizes e na torpe letra de ressequida
[árvore.

A tua presença tornou-se tão distante
quanto o contínuo fluxo de poetizar-te.

eu que sempre combati com as palavras
numa repetida e teimosa luta vã de fazer
minhas as tuas palavras na ironia de um prefácio.

Deu-se o matrimônio entre poesia e ideal
um finale, contínuo recomeçar qual ciclone
a distorção que se forja ao abrir-se com força
todas as janelas das possibilidades entre
o suicídio e escrever um romance moderno.

Um comentário:

Suburbano Convicto disse...

Salve mano, tamo junto.
Alessandro Buzo
www.buzo10.blogspot.com