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terça-feira, 11 de dezembro de 2007

E.

Tua insinuação me perde todos os dias
Terças, Quartas, Sábados e Domingos.
Estou envergonhado diante de Deus
E meus olhos desligados do seu altar.
Sou um pecador com minhas penitências;
Não procuro mais a santidade.
Teus olhos me devoram por onde ando;
Onde estou agora que abro os olhos ?
Passeando por teu corpo, por teu sorriso perfeito,
E por teus pés de santa virgem.
Estou aos teus pés, enciumado e profano;
Em teus lábios, ah, que brilho !
Devem ser doces, daqui os sinto.
Teu cheiro, teus seios tão inocentes,
Não para mim que os cobiço assim;
Noite e dia, noites e noites voam,
Eu, andarilho por minhas purgações
Já não tenho pena de mim mesmo,
Já não ligo se ainda possuo alma,
Desejo apenas o céu dos teus amores.

Um comentário:

Unknown disse...

linda e ao mesmo tempo triste essa poesia,fez me até chorar!